Precisamos tanto de a encontrar: a esperança. De a encontrar e de deixar que ela nos envolva e nos conforte.
Não é sempre fácil... encontrá-la. E talvez, exactamente por isso, o verdadeiro sentido de tudo seja nós procurarmos, todos os dias, sê-la. Ser essa esperança. Fazer essa esperança existir, ser verdade.
Um sorriso do coração. Dar a mão como quem segura. Um abraço mais forte. Um olhar mais fundo, um olhar de verdade. Falar (e escutar) com amor. Cuidar com ternura, ser vida que cuida. Um gesto de amor. Ser do bem.
Pode ser a parte mais bonita do dia de alguém. Pode ser luz na vida de alguém. Pode fazer sorrir o coração de alguém. Pode abraçar a alma de alguém. Pode ser tanto. Pode ser tudo. Pode mudar o mundo de alguém.
E talvez seja um pedacinho de esperança a acontecer. Talvez seja um pedacinho de esperança a envolver e a confortar. Um pedacinho de esperança a existir, a ser verdade. Para alguém. E para nós também.
Esperança.
Que a encontremos. Que ela nos envolva bem e nos conforte. Que nunca nos falte. E que a sejamos. Que a façamos existir, ser verdade. Que nunca a deixemos faltar.
Talvez seja esse o verdadeiro sentido de tudo. E o nosso também.
Deixo-me encantar por aqueles abraços que abrigam. Por aqueles abraços que se deixam (de)morar. Deixo-me encantar por aquelas mãos que amparam e que confortam. Deixo-me encantar por aqueles olhos que brilham. E por aqueles olhos que olham bem dentro, que tocam. Deixo-me encantar por aqueles sorrisos que abraçam o coração. Deixo-me encantar por aqueles beijos que curam a alma. Deixo-me encantar por aquelas palavras (e por aqueles silêncios) que falam com amor. Que falam de amor. Deixo-me encantar por aquele céu cheio de estrelas. E de lua. Deixo-me encantar por aqueles sempres que ainda existem e que são mesmo para sempre. Deixo-me encantar por aquelas pessoas que fazem sorrir. Por aquelas pessoas que são amor em forma de gente. Deixo-me encantar pelo amor. Que torna tudo mais bonito. Que salva.
Deixo-me encantar.
Deixo-me encantar porque, enquanto os dias passam, são estes pequenos nadas que me vão mostrando tudo. Tudo o que há de mais bonito. Para encontrar, para conhecer, para sentir, para viver. Tudo o que há de mais bonito para ser.
Ainda há coisas boas, sabes? Por mais que pareçam mostrar-te que não. Por mais que pareçam fazer-te sentir e acreditar que não. Por mais que (quase) consigam. Ainda há coisas boas.
Sabes?
Os abraços fortes que te abraçam por dentro e por fora. As mãos que se enlaçam às tuas para sempre. Os olhos que olham dentro dos teus. Os sorrisos que te salvam o coração. Os beijos que te curam a alma. Os colos que se fazem casa. As tuas pessoas. Os "gosto de ti" do coração. As palavras que falam com amor. Os silêncios que falam mais do que as palavras. Ouvir (e sentir) o coração bater. A magia do céu cheio de lua e de estrelas. Os olhos a brilhar. As lágrimas que acabam em sorrisos. Os risos que acabam em dores de barriga. Os sempres que sabes que são mesmo para sempre. Os corações que tatuas com a tua vida e as vidas que te tatuam o coração. Viveres e seres, sempre, com o coração. Viveres e seres, sempre, com amor. No final é (só) isto: o amor.
Ainda há coisas boas, sabes? Pode não estar tudo bem. E o mal pode até contagiar. Mas deixa-me contar-te uma coisa: o amor, o bem, também contagia. Tanto. Se o deixares acontecer. Se o fizeres existir, ser verdade.
E, enquanto não te esqueceres disto, ainda há coisas boas. Sempre. Mostra-as. Vive-as. Sê-as.Todos os dias. E nunca te esqueças delas, por favor.