Gestos que abraçam
Há gestos que nos abraçam.
Um abraço que encosta a sua alma à nossa e que faz tudo melhorar. Um olhar que se demora com ternura. Um “lembrei-me de ti” que chega no momento certo. Um coração que escuta o nosso silêncio.
Pequenos gestos que, à primeira vista, podem parecer nada. Mas que, dentro de nós, podem ser tudo.
São gestos que nos abraçam.
Recordam-nos que, no meio da correria e do caos dos dias, às vezes, tantas vezes, é num abraço que nos envolve, numa mão que segura a nossa ou num sorriso do coração que tudo se ilumina. Que a esperança se reacende.
São gestos que nos abraçam.
Fazem-nos sentir que, mesmo nas noites mais escuras, ainda há estrelas a brilhar. Segredam-nos ao coração, com a delicadeza que dispensa as palavras: “tu não estás só, eu estou aqui”.
É isso, o amor: esse sopro invisível que passa e que nos abraça. Que mora na poesia das coisas simples, na bondade que ainda existe. E que tem sempre o dom de nos salvar.