Por mais que, às vezes, tentem mostrar-te que não. Por mais que, às vezes, tentem fazer-te sentir e acreditar que não. Por mais que, às vezes, (quase) consigam.
Ainda há coisas boas, sabes?
Os abraços que te abrigam. As mãos que se dão às tuas (para) sempre. Os olhos que olham dentro dos teus. Os sorrisos que te abraçam o coração. Os beijos que te curam a alma. Os colos que te cuidam. Os "gosto de ti" do coração. As palavras que te falam com amor. Os silêncios que te escutam com amor. Ouvir (e sentir) o coração bater. Os risos que te contagiam. Os olhos a brilhar. A magia do céu cheio de estrelas. Os momentos que se imortalizam. Os gestos que te salvam. E que te fazem sorrir. As tuas pessoas. Os corações que tatuas com a tua vida. As vidas que te tatuam o coração. Viveres e seres, sempre, com o coração. Viveres e seres, sempre, com amor. No final é (só) isto: o amor.
Ainda há coisas boas, sabes?
Talvez, às vezes, possa parecer que não. Mas deixa-me contar-te uma coisa: talvez seja nessas vezes (e em todas as vezes) que nós precisamos sê-las. Ser essas coisas boas. Fazê-las existir, ser verdade.
E talvez seja nessas vezes (e em todas as vezes) que elas nos salvam. Essas coisas boas. Às vezes, tão despercebidas. Às vezes, tão à vista. Mas sempre, sempre, vestidas de amor.
Ainda há coisas boas, sabes?
Mostra-as. Vive-as. Sê-as. Todos os dias. E nunca te esqueças delas, por favor.
Que, neste Natal, mais do que tudo, sejas. Sejas de verdade.
*
Que, neste Natal, sejas o abraço que refugia.
Que, neste Natal, sejas o sorriso que abraça.
Que, neste Natal, sejas a mão que segura.
Que, neste Natal, sejas o olhar que toca.
Que, neste Natal, sejas a ternura que cura.
Que, neste Natal, sejas o colo que cuida.
Que, neste Natal, sejas a palavra que fala do coração, ao coração.
Que, neste Natal, sejas a presença que conforta.
Que, neste Natal, sejas o gesto que salva.
Que, neste Natal, sejas a vida que ama.
*
Que, neste Natal, sejas a luz que acende todas as estrelas. A luz que acende a chama da esperança.
Que, neste Natal, sejas a paz que abraça a alma. A paz que serena o coração.
Que, neste Natal, sejas o lado bom, a parte bonita. Do dia, da vida, do mundo. Para alguém.
*
Que sejas o milagre de Natal de alguém. Que faças sorrir. Só por seres, por estares, por existires. Com amor.
*
Que, neste Natal, mais do que tudo, sejas amor.
*
Talvez descubras que é tudo o que importa. E talvez descubras que o verdadeiro sentido do Natal (e de tudo) é continuar a sê-lo, todos os dias. Sempre. E a encontrá-lo também.
Às vezes, também precisamos de um abraço que seja porto de abrigo. Que nos esconda dos medos. De tudo. Que seja lugar seguro para onde podemos sempre correr, para onde podemos sempre voltar.
Às vezes, também precisamos de um aconchego que nos abrace o coração, que nos abrace a alma. Que seja colo. Que nos guarde. Que nos apazigue. Que nos ajude a respirar.
Às vezes, também precisamos de uma mão que nos segure com a certeza de que não nos vai largar. Que nos acompanhe. Que seja amparo, faça chuva ou faça sol. Que seja força. Que seja alento.
Às vezes, também precisamos de um olhar que nos olhe a alma. Que nos veja de verdade: por dentro do que somos. Que nos leia as palavras, os gestos e os silêncios. Que nos compreenda o coração, sem ser preciso falar.
Às vezes, também precisamos de um sorriso do coração. Que nos conforte. Que nos faça sentir que vai ficar tudo bem. E que, enquanto não ficar, nos faça sentir que não estamos sozinhos. Que nos dê esperança.
Às vezes, também precisamos de alguém que nos faça sorrir. Que nos queira bem. De verdade. Que esteja, que fique, que se importe. Que nos mostre o lado mais bonito. Do dia, da vida, do mundo. De tudo.
Às vezes, também precisamos de amor. Todas as vezes.
Às vezes (e em todas as vezes), é só o amor. É sempre o amor. Que nos cura. Que nos salva.
A mão que dás. A mão que te é dada. A mão de quem te quer bem. A mão de quem talvez ainda nem conheças, mas que se estende para ti.
O abrigo de uma mão dada que é sempre tanto. Que é sempre tudo.
O abrigo de uma mão dada que diz tudo, sem ser preciso dizer.
O abrigo de uma mão dada que te abraça. Que é abraço no coração. Aconchego da alma.
O abrigo de uma mão dada que é isso mesmo: abrigo. Que te refugia do mundo. Que te dá paz. Que te ajuda a serenar. A repousar.
O abrigo de uma mão dada que te conforta. Que é alento. Que te ajuda a caminhar. O abrigo de uma mão dada que é amparo. Que te segura. Que te ajuda a levantar.
O abrigo de uma mão dada que te acompanha sem largar. Que cuida. Que te ajuda a respirar. O abrigo de uma mão dada que te cura. Mesmo sem saber. O abrigo de uma mão dada que te salva.
O abrigo de uma mão dada que é sol nos dias cinzentos. Luz na escuridão. Paz na tempestade.
O abrigo de uma mão dada que te faz sorrir. Que é o sorriso do dia. O lado bom do mundo. A parte bonita da vida. O abrigo de uma mão dada que te traz esperança.
(Sabes o valor infinito que tem trazer esperança a alguém?)
O abrigo de uma mão dada que se dá como quem dá o coração. O abrigo de uma mão dada que é sempre tanto. Que é sempre tudo. Como só o amor é.
Que nunca esqueçamos o essencial. Que ainda saibamos serenar toda a correria. Silenciar todo o ruído, por fora e por dentro. Para respirar, para sentir, para ver com o coração. Para recordar sempre. E para nunca esquecer. O essencial. O que importa de verdade. No meio de tudo e apesar de tudo. Aquilo que fica, no final.
No final, o que fica são aqueles abraços que nos abrigam dos medos.
No final, o que fica são aquelas mãos que nos confortam nos tempos mais duros.
No final, o que fica são aqueles sorrisos que nos sorriem no meio do caos.
No final, o que fica são aqueles olhares da alma no meio do desalento.
No final, o que fica são aquelas ternuras que nos curam as dores.
No final, o que fica são aqueles amparos que nos seguram as fraquezas.
No final, o que fica são aquelas palavras que nos falam com o coração e aqueles silêncios que nos escutam o coração.
No final, o que fica são aqueles risos que nos aliviam o peso do mundo.
No final, o que fica são aqueles gestos que nos salvam dos dias cinzentos, da escuridão, da tempestade.
No final, o que fica são aquelas pessoas-amor. Que estão, que ficam, que se importam. Todos os dias. (Até, às vezes, quando não merecemos).