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menina dos abraços

um abraço: a melhor forma do amor.

menina dos abraços

um abraço: a melhor forma do amor.

Um abraço

Um abraço.

Um abraço que nos abrace o coração. Que nos abrace a alma.

Um abraço que seja abrigo. Que nos guarde. Que nos refugie do mundo. De tudo.

Um abraço que seja casa. Que nos deixe (de)morar. Que nos ajude a repousar.

Um abraço que seja colo. Que nos serene. Que nos ajude a respirar.

Um abraço que seja amparo. Que nos conforte. Que nos faça sentir que vai ficar tudo bem.

Um abraço que seja ternura. Que nos aconchegue. Que nos cure. Mesmo sem saber.

Um abraço que nos escute o coração, que nos fale ao coração. Sem ser preciso falar. Que seja feito de sentir. E de tanto sentido.

Um abraço que nos queira bem. De verdade. Que esteja, que fique, que se importe. Que nos abrace (para) sempre.

Um abraço que seja sorriso. Que nos faça sorrir. Que seja sol nos dias cinzentos, luz na escuridão, paz na tempestade.

Um abraço que seja esperança. Que nos mostre (e que seja) o lado bom do mundo, a parte bonita da vida.

Um abraço que seja amor. Que nos salve.

Um abraço. Que é sempre tanto. Que é sempre tudo.

Um abraço.

Que nunca nos falte. Que nunca o deixemos faltar, também.

*

O melhor da vida pode ser um abraço, como quem diz que o melhor da vida pode ser o amor. E é.

Às vezes, é só o amor.

Às vezes, também precisamos de um abraço que seja porto de abrigo. Que nos esconda dos medos. De tudo. Que seja lugar seguro para onde podemos sempre correr, para onde podemos sempre voltar.

Às vezes, também precisamos de um aconchego que nos abrace o coração, que nos abrace a alma. Que seja colo. Que nos guarde. Que nos apazigue. Que nos ajude a respirar.

Às vezes, também precisamos de uma mão que nos segure com a certeza de que não nos vai largar. Que nos acompanhe. Que seja amparo, faça chuva ou faça sol. Que seja força. Que seja alento.

Às vezes, também precisamos de um olhar que nos olhe a alma. Que nos veja de verdade: por dentro do que somos. Que nos leia as palavras, os gestos e os silêncios. Que nos compreenda o coração, sem ser preciso falar.

Às vezes, também precisamos de um sorriso do coração. Que nos conforte. Que nos faça sentir que vai ficar tudo bem. E que, enquanto não ficar, nos faça sentir que não estamos sozinhos. Que nos dê esperança.

Às vezes, também precisamos de alguém que nos faça sorrir. Que nos queira bem. De verdade. Que esteja, que fique, que se importe. Que nos mostre o lado mais bonito. Do dia, da vida, do mundo. De tudo.

Às vezes, também precisamos de amor. Todas as vezes.

Às vezes (e em todas as vezes), é só o amor. É sempre o amor. Que nos cura. Que nos salva.

A esses abraços que são tanto.

A esses abraços que são tanto.

A esses abraços que nos abraçam a alma, o coração. A esses abraços que nos abrigam. A esses abraços que nos serenam. A esses abraços que nos confortam. A esses abraços que nos amparam. A esses abraços que nos guardam. A esses abraços que nos curam. A esses abraços que nos (de)moram. A esses abraços que nos querem bem. A esses abraços que nos salvam.

A esses abraços que são tanto.

A esses abraços que são sorriso. A esses abraços que são sol nos dias cinzentos, luz na escuridão, paz na tempestade. A esses abraços que nos fazem sentir que vai ficar tudo bem. A esses abraços que inspiram bondade. A esses abraços que são amor.

A esses abraços que são a parte mais bonita. Dos dias. Da vida. Do mundo. E de tudo.

A esses abraços que são tanto. Obrigada. Por serem, por estarem, por existirem.

Sabes o valor infinito que tem abraçar alguém?

Nem todos os dias são em forma de sorriso. Às vezes, também há dias cinzentos. Que te pesam na alma. Que te apertam o coração. Há dias assim.

E depois um abraço. Um abraço que te abraça além do abraço. Um abraço que te chama, que te acolhe e que te deixa ficar. E tu, que te deixas ficar e (de)morar, como quem não conhece lugar mais bonito do que este. Para ser. Para estar. Para existir.

Um abraço que te abriga. Um abraço onde te deixas (re)pousar. E todo o peso do mundo e todo o aperto da vida, que guardaste em ti, começam a desatar-se de ti. Desatam-se, pouco a pouco, e devolvem-te a respiração, enquanto te percorrem a alma, o coração, o sorriso, o olhar.

Desatam-se de ti porque há um novo laço a envolver-te. Mais forte do que todos os pesos do mundo. Mais forte do que todos os apertos da vida. Mais forte do que todos os dias cinzentos.

Há aquele abraço. Que te envolve bem e que se enlaça a ti. Enlaça-se mesmo a ti. Por fora e por dentro. Como quem não conhece definição de amor mais bonita do que esta: um abraço que te chama, que te acolhe e que te deixa ficar. Um abraço a ser-te tudo. Um abraço a salvar-te.

Um abraço a provar-te que os milagres acontecem: que até uma alma pesada e um coração apertado podem ser salvos. Que até os dias que não são em forma de sorriso podem ser em forma de amor. E que não há forma mais bonita do que esta. Para ser. Para estar. Para existir.

Sabes o valor infinito que tem abraçar alguém?

Abraça o teu coração.

Abraça-te. Abraça o teu coração. Deixa-o (re)pousar. Onde sente abrigo. Onde pode descansar de tudo. Onde se sente abraçado de verdade. Onde pode ser de verdade. Com tudo o que é.

Se é agitação, abraça-o até serenar. Se é urgência, abraça-o até sossegar. Se é cansaço, abraça-o até descansar. Se é peso, abraça-o até libertar. Se é aperto, abraça-o até desatar. Se é sufoco, abraça-o até respirar. Se é dor, abraça-o até curar. Se é cicatriz, abraça-o até sorrir. Se é medo, abraça-o até encorajar. Se é dúvida, abraça-o até acreditar. Se é desamor, abraça-o até amar.

Abraça o teu coração. Mas sem pressa. O coração nunca se apressa. Deixa-o (re)pousar. Deixa-o ser de verdade. E abraça-o, de verdade também.

Talvez descubras que tudo o que um coração procura, mesmo sem procurar, é um abraço de verdade, onde (re)pousar.

Precisamos tanto de um abraço, não precisamos?

Precisamos tanto de um abraço, não precisamos?

Um abraço bom. Um abraço forte. Um abraço que nos chama. Que nos espera. Que nos envolve. Um abraço que nos é casa. Que nos é lugar. Um abraço que nos demora. Que nos faz (de)morar. Um abraço que nos segura, por dentro e por fora. Um abraço que nos guarda e nos abriga do mundo. Um abraço que nos sossega e nos faz (re)pousar. Um abraço que nos sente, de olhos fechados. Um abraço que nos fala, em silêncio. Um abraço que nos escuta o coração. Que nos compassa o coração com o seu. Um abraço que nos toca directamente na alma. Um abraço que nos funde em si. Que nos inunda de si. Um abraço que nos faz ser abraço. Um abraço que nos cura tudo. Um abraço que nos salva de tudo. Um abraço que nos muda o dia. Que nos muda a vida. Um abraço que nos abraça para sempre e, para sempre, nos abraça tanto. Um abraço que nos é amor. Que nos faz ser amor.

Precisamos tanto de um abraço, não precisamos?

Abraço-te.

Roubaram-nos os abraços. Dizem eles. O que eles não sabem, e se calhar tu também ainda não sabes, é que eu continuo a abraçar-te. Tanto. Até à distância, que não é distância porque o coração não tem distância, abraço-te.

Abraço-te quando te olho. Quando o meu olhar chama o teu, abraço-te. Quando os meus olhos se cruzam com os teus, quando os nossos olhos se encontram e nos olhamos por dentro, abraço-te. Naquele preciso segundo em que paramos o mundo para nos demorarmos num olhar mais fundo, abraço-te.

Abraço-te quando te sorrio. Quando o meu sorriso chama o teu, abraço-te. Quando o meu sorriso se cruza com o teu, quando os nossos sorrisos se encontram e nos sorrimos de dentro, abraço-te. Naquele preciso segundo em que paramos o mundo para nos demorarmos num sorriso mais cúmplice, abraço-te.

Abraço-te quando te falo. Ou mesmo quando não te falo mas nunca me esqueço de ti.

Abraço-te quando e porque te amo. Quando o meu coração chama o teu, abraço-te. Quando o meu coração se cruza com o teu, quando os nossos corações se encontram e nos moramos por dentro, abraço-te. Naquele preciso segundo em que paramos o mundo para nos demorarmos num amor mais amor, abraço-te.

Roubaram-nos os abraços. Dizem eles. O que eles não sabem, e se calhar nós também ainda nos esquecemos, é que enquanto existir o amor, ninguém consegue roubar abraços. O amor abraça-nos sempre além dos braços. E o amor nunca se rouba. É isso que nos salva. E que nos abraça para sempre.

Fecha os olhos. Sente bem, no teu coração. Sentes? Abraço-te.

Como se espera?

Pedem-nos, dizem-nos, que esperemos. Nós sabemos que temos de esperar. É preciso. É urgente. Tem de ser. Mas... como se espera? Como se espera, se aquele abraço anseia, se aquele abraço nos aperta por dentro de falta, se aquele abraço é urgente? Ninguém nos diz, ninguém nos ensina, ninguém sabe. Como se espera?

Levanto os olhos e, ao longe, vejo-te. Estás mesmo ali, estás aqui, mesmo à minha frente. Olhas-me. Nunca um olhar nos invadiu tanto, por dentro e por fora. Nunca um olhar nos abraçou tanto. Nunca um olhar amou tanto. Vejo-te. Olhas-me.

Mas, e agora, como se espera? Como se espera, se aquele abraço funde tudo o que guardamos cá dentro na urgência de sentir? De sentir alguma coisa? De sentir alguma coisa que nos faça o coração bater? Que nos permita viver? Como se espera, se é aquele abraço que nos mantém o coração a bater, se é aquele abraço que nos devolve a respiração? Como se espera, se é aquele abraço que nos dá vida, se é aquele abraço que nos salva? Como se espera?

É que às vezes, só às vezes, o amor não pode esperar. Às vezes, só às vezes, o amor é preciso. Às vezes, só às vezes, o amor é urgente. Às vezes, só às vezes... até voltarmos a deixá-lo ganhar sempre, para sempre. E voltarmos a acreditar que os milagres acontecem. Mesmo que, às vezes, o deixemos à espera.