Às vezes, eu também tenho medo.
Eu sou uma pessoa de fé. Sou uma pessoa da esperança: tenho-a no coração. Acredito muito, com muita força, que ainda há esperança. E que ainda podemos (e devemos) ser essa esperança, quando não a vemos à nossa volta. Acredito muito, com muita força, nas coisas bonitas: as coisas do coração. Acredito muito, com muita força, em tatuar o mundo com amor. É isso: sou uma pessoa do amor. Dos afectos. Dos sorrisos e de fazer sorrir. De viver e de ser com o coração. Sou.
Mas, às vezes, eu também tenho medo. Às vezes, muitas vezes, tenho medo. Às vezes, tenho medo maior do que eu, eu que não sou tão grande assim. Tenho medo quando sinto o (meu) mundo estremecer, quando os pilares que o (me) seguram fraquejam, ou quando eu não sei o que está para vir.
Às vezes, eu também tenho medo. E, nessas vezes (e em todas as vezes), eu só quero um abraço que me abrigue de tudo, uma mão que me segure e que me acompanhe (para) sempre, um colo que me serene o coração, um amparo que nunca, de verdade, me desampare. Um refúgio onde (re)pousar a vida e ficar.
Este não é um texto triste. Este é só um texto para te dizer (e para me dizer): às vezes, eu também tenho medo. Eu, que sou uma pessoa que ainda acredita. Que ainda acredita muito, com muita força. Às vezes (e muitas vezes), eu também tenho medo. Está tudo bem. Um abraço para ti. E para mim. 🤍