Acreditar que um abraço é tudo. Acreditar que as mãos dadas são força. Acreditar que um olhar toca. Acreditar que um sorriso dá vida. Acreditar que um colo abriga. Acreditar que um gesto do coração cura. Acreditar que um coração é casa. Acreditar que o amor salva. Tudo e tanto.
Acreditar.
Acreditar, mesmo quando te fazem sentir que acreditar é sinónimo de fragilidade, de ilusão. Acreditar que o amor é força, é verdade. Acreditar, mesmo quando duvidas. Nos dias cinzentos, quando a vida troca as voltas, quando o mundo cai. Acreditar.
Acreditar que há sempre um pedacinho de amor que chega para te iluminar. Para te envolver e para te abraçar. Para te fazer acreditar.
E acreditar. Acreditar em tatuar o mundo com amor. Acreditar que é sempre o amor. Acreditar muito, com muita força. Acreditar... E ser.
Alguém que seja abrigo. Alguém que seja porto seguro. Onde (re)pousar no final de tudo. E no início. E sempre.
Alguém que seja abraço. Alguém que seja aconchego do corpo, da alma, do coração.
Alguém que seja mão (que) segura. Alguém que seja âncora e força. Que acompanhe. Que fique. Sempre. Que não desenlace.
Alguém que seja sorriso. Alguém que seja a parte bonita do dia. Que faça sorrir. Mesmo até sem saber. Só porque toca o coração. Só porque abraça a alma.
Alguém que seja colo. Alguém que seja amparo, refúgio, cuidado. Que não deixe cair. Que serene. Que cure.
Alguém que seja casa. Alguém que seja ninho, lugar para onde voltar. Todos os dias. Conforto. Onde poder (de)morar.
Alguém que seja o lado bonito. Alguém que seja sol nos dias cinzentos, luz na escuridão, paz na tempestade.
Alguém que seja amor. Alguém que seja e que viva com o coração. Que saiba, e que mostre, que (só) o amor salva.
Alguém que seja abrigo. Por tudo e por tanto. Mesmo sem saber. Só por ser, por estar, por existir.
Precisamos tanto de a encontrar: a esperança. De a encontrar e de deixar que ela nos envolva e nos conforte.
Não é sempre fácil... encontrá-la. E talvez, exactamente por isso, o verdadeiro sentido de tudo seja nós procurarmos, todos os dias, sê-la. Ser essa esperança. Fazer essa esperança existir, ser verdade.
Um sorriso do coração. Dar a mão como quem segura. Um abraço mais forte. Um olhar mais fundo, um olhar de verdade. Falar (e escutar) com amor. Cuidar com ternura, ser vida que cuida. Um gesto de amor. Ser do bem.
Pode ser a parte mais bonita do dia de alguém. Pode ser luz na vida de alguém. Pode fazer sorrir o coração de alguém. Pode abraçar a alma de alguém. Pode ser tanto. Pode ser tudo. Pode mudar o mundo de alguém.
E talvez seja um pedacinho de esperança a acontecer. Talvez seja um pedacinho de esperança a envolver e a confortar. Um pedacinho de esperança a existir, a ser verdade. Para alguém. E para nós também.
Esperança.
Que a encontremos. Que ela nos envolva bem e nos conforte. Que nunca nos falte. E que a sejamos. Que a façamos existir, ser verdade. Que nunca a deixemos faltar.
Talvez seja esse o verdadeiro sentido de tudo. E o nosso também.
Deixo-me encantar por aqueles abraços que abrigam. Por aqueles abraços que se deixam (de)morar. Deixo-me encantar por aquelas mãos que amparam e que confortam. Deixo-me encantar por aqueles olhos que brilham. E por aqueles olhos que olham bem dentro, que tocam. Deixo-me encantar por aqueles sorrisos que abraçam o coração. Deixo-me encantar por aqueles beijos que curam a alma. Deixo-me encantar por aquelas palavras (e por aqueles silêncios) que falam com amor. Que falam de amor. Deixo-me encantar por aquele céu cheio de estrelas. E de lua. Deixo-me encantar por aqueles sempres que ainda existem e que são mesmo para sempre. Deixo-me encantar por aquelas pessoas que fazem sorrir. Por aquelas pessoas que são amor em forma de gente. Deixo-me encantar pelo amor. Que torna tudo mais bonito. Que salva.
Deixo-me encantar.
Deixo-me encantar porque, enquanto os dias passam, são estes pequenos nadas que me vão mostrando tudo. Tudo o que há de mais bonito. Para encontrar, para conhecer, para sentir, para viver. Tudo o que há de mais bonito para ser.