Gestos que salvam
Há gestos que não pesam, que não fazem barulho ou fogo-de-artifício, mas que ficam. Tatuam-se em nós. E têm o dom de nos salvar.
Como se fossem o pulsar secreto que mantém o nosso mundo em pé.
Um abraço que chega como refúgio e que demora o tempo certo para o nosso coração serenar.
Uma mão que se dá como quem dá o coração: com a certeza de que, aconteça o que acontecer, vai estar sempre perto de nós.
Um olhar que nos encontra e que vê tudo o que somos, mesmo quando nós nos perdemos.
Um sorriso tão breve e tão capaz de nos arrebatar para sempre.
Uma palavra que nos conforta e um silêncio que abraça (e que escuta) o nosso coração.
Um “como estás?” que se importa e que quer saber, de verdade, a nossa resposta.
Uma mensagem só para nos mostrar que se lembra de nós, só para nos fazer sorrir.
Uma companhia que parece que nos segura a alma, que faz tudo melhorar, só porque está ali.
Alguém que nos quer bem e que nos faz sempre sentir isso, mesmo sem ser preciso dizer.
Um pequeno gesto de bondade que ilumina o nosso dia inteiro e que nos inunda o coração de esperança.
É aí. É aí que se escondem as coisas mais bonitas, é aí que acontecem os maiores milagres. É aí que o nosso coração é tocado para sempre. Nesses pequenos gestos que são só o amor a abraçar-nos. E que têm sempre o dom de nos salvar.
Como se fossem o pulsar secreto que mantém o nosso mundo em pé.
É isso, o amor.
Esse sopro invisível que passa e que nos envolve como o abraço que precisamos, o colo que nos falta, o refúgio onde nos podemos curar. E que tem sempre o dom de nos salvar.
Como se fosse o pulsar secreto que mantém o nosso mundo em pé.
E é.