Foram estas as primeiras palavras que eu usei, na primeira vez que escrevi sobre a Mariana. E hoje, uma mão cheia de anos depois, a Mariana continua a ser-me isto. A saber-me a isto: um abraço na alma.
A Mariana é a amiga que passou do blogue para a vida, das palavras para a companhia, da Mariana à Mariana linda.
A Mariana é uma pessoa bonita.
A Mariana é xi-coração e companhia que está, que fica, que se importa. De verdade.
A Mariana já me deu a mão nos meus dias mais difíceis, nos dias em que eu tive medo maior do que eu, nos dias em que eu me senti desamparada. A Mariana já me telefonou quando eu estava na sala de espera de um hospital, só para me recordar que estava comigo e para me dizer que ia correr tudo bem, mesmo que ela não pudesse, na verdade, prometer-me isso.
A Mariana já me ajudou a sair do escuro.
A Mariana e eu partilhamos muito do que somos. As emoções. Conversamos sobre tudo e sobre nada, com e sem sentido. Rimos (a Mariana tem das gargalhadas mais doces do mundo) e choramos. Sentimos e sabemos, às vezes mesmo até sem dizer. A Mariana e eu somos e estamos. Estamos mesmo: ao lado e do lado de dentro.
A Mariana faz anos hoje. Ela sabe que cresceu muito nestes anos, mas se calhar (ainda) não sabe que me enche de orgulho por isso. Pela pessoa bonita que é e por eu viver isso tão de perto.
É isso: a Mariana é uma pessoa bonita. E nós somo-nos tão perto. E ser uma pessoa bonita, no meio deste mundo virado do avesso, é só o melhor de sempre. E sermos tão perto de alguém, no meio desta vida cheia de falta de tudo, é só o mais bonito de sempre.
Hoje o dia é da Mariana. Mas todos os dias têm a minha Mariana linda. E isso é tão bom. Hoje e todos os dias, agradeço-lhe. Por tanto e por tudo. Por ser, por estar, por existir.
Não se sabe como, não se sabe porquê. As estrelas fizeram o caminho cruzar-se. Enlaçar-se. Abraçar-se. Abraçou-se. Tanto. Quase podia jurar-se que (se) tinha sentido. Quase. O abraço desabraçou. O caminho desenlaçou. Ficou o (sem) sentido. Algures nas estrelas.