Vivemos apressados, nesta correria dos dias, da vida, do coração. Atropelamo-nos uns aos outros (e a nós), quase sem reparar. É isso: quase nem reparamos. Uns nos outros. Em nós. E nas coisas bonitas que nos acontecem todos os dias.
Às vezes, basta um instante. O instante em que nos permitimos parar. Serenar toda a correria. Silenciar todo o ruído, por dentro e por fora. Para respirar, para sentir, para ver com o coração. O instante em que nos permitimos parar e em que nos deixamos tocar. Por aquele abraço que é abrigo. Por aquelas mãos que seguram. Por aquele olhar de alma. Por aquele sorriso que abraça. Por aquele beijo que cura. Por aquele gesto de bondade. Por aquelas pessoas que são nossas. Por aquele amor que salva.
E é ali. É naquele instante em que nos permitimos parar e em que nos deixamos tocar, que descobrimos as coisas mais bonitas. Que descobrimos tudo o que importa. E a verdade é esta: não há correria nenhuma no mundo que compense este milagre a acontecer.